Com mais de 100 mil exemplares da espécie típica de Madagascar, a árvore já é totalmente brasileira e encanta todo o DF
Brasília floresce o ano inteiro, diversidade de espécies, cores, cheiros e texturas. Temos o queridinho dos brasilienses, os ipês, nas cores verde, amarelo, rosa, roxo e branco, além dos cambuís, barrigudas, bougainvilles, entre muitas outras espécies. Mas, em outubro, as ruas do DF formam verdadeiros tapetes vermelhos dos esplendorosos flamboyants. E o brasiliense que é raiz, certamente, já usou a árvore como ponto de referência para chegar ao TJDFT. O exemplar, que por décadas fez parte da história do órgão, após anos de luta contra fungos em seu tronco, tombou em 2021. Mas foi eternizado na logomarca de 60 anos do Tribunal e na memória dos servidores.
Relembrar é viver, e a Novacap, empresa que construiu Brasília, recorda que a capital foi planejada para ser exuberante, com grandes gramados e parques arborizados. Com isso, a Companhia, por meio do Departamento de Parques e Jardins, é responsável pela manutenção das áreas verdes, dos gramados e dos canteiros. Além de plantar e zelar pela saúde e a beleza das árvores da nossa cidade, que já somam mais de 5 milhões de exemplares.
Os flamboyants são multiculturais, de origem africana, oriundo da ilha de Madagascar. Seu nome é francês e significa: vistoso, chamativo, berrante. O significado se encaixa perfeitamente, pois quando florescem chamam muita atenção por encher suas copas e as ruas de flores vermelhas. No DF, existem mais de 100 mil exemplares da árvore, que pode ser facilmente encontrada pelas características flores vermelhas, mas essa não é a única cor da espécie, que ainda floresce nas cores branco, laranja e amarelo.
Essa árvore é parente do pau-brasil e especialistas do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade do Espírito Santo – ES, comprovaram cientificamente que ela tem benefícios para a saúde. Suas folhas são usadas na medicina como antioxidante, auxiliando no tratamento de dores, inflamações e tem se mostrado eficaz contra infecções bacterianas.
O DPJ recomenda que seu uso na arborização urbana deve ser restrito a parques e grandes espaços, pois suas raízes são muito superficiais e são árvores de grande porte, podendo medir até 15 metros de altura. “A germinação do flamboyant ocorre em cerca de duas semanas após o plantio e deve ser plantada em pleno sol, em solo fértil, com irrigações periódicas no primeiro ano. Uma vez plantadas deve ser observado um espaçamento mínimo de aproximadamente 12 metros, seu crescimento é bastante rápido, chegando a 1,5 metros por ano até a idade adulta em regiões de clima quente” afirma Raimundo Silva, chefe do DPJ.
Os flamboyants são árvores de beleza indiscutível, contudo, não são adequadas para ornamento em ambiente urbano próximo à passagem de veículos e transeuntes uma vez que o crescimento de suas raízes é superficial e extremamente agressivo levantando calçadas, asfalto, estruturas de casas além de trazer problemas para rede de água e esgoto.
As regiões administrativas com a maior concentração dessas árvores são: Plano Piloto (gramado do Eixinho Sul, UnB, Zoológico, Eixo Monumental, Asa Sul), Sudoeste, Taguatinga, Park Way, Vicente Pires e alguns exemplares em Ceilândia. Quem trafega ou passeia por esses locais, já transformou a árvore em cenário para ensaio de fotos.
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