30/07/12 às 19h01 - Atualizado em 3/11/22 às 15h00
Durante a construção de Brasília, o então presidente Juscelino Kubitschek marcou o início de uma nova era de desenvolvimento industrial do Brasil com a abertura de capital estrangeiro de forma maciça, principalmente no ramo das indústrias pesadas, como a automobilística, de produtos eletroeletrônicos, eletrodomésticos, químicos, farmacêuticos, entre outros.
Foi, inclusive, em 1959, um ano antes da inauguração da Nova Capital, que a indústria automobilística lançou o primeiro carro fabricado no Brasil, denominado “Fusca”, um motivo de orgulho para o presidente e para a população. Embalada nesse espírito desbravador de JK e, claro, do primeiro presidente da Companhia, Israel Pinheiro, a Novacap também adquiriu, à época, alguns veículos fusca.
Agora em julho de 2012, o último fusca de propriedade da Novacap foi totalmente revitalizado pela equipe do Departamento de Transportes. Com quase três décadas dedicadas ao serviço exclusivo da Novacap, o fusca passou por uma reforma, custeada com recursos próprios da Companhia. Foram trocadas as peças, estofamento e o motor, além de uns reparos nos amassados, serviço de funilaria, lanternagem e pintura.
Mauricio Vieira, lanterneiro e pintor da Sessão de Eletricidade e Equipamento da Novacap, relembra as dificuldades: “Faltavam peças e tempo. Era nas folgas, entre um caminhão e outro, que a gente mexia no fusca e, assim, foi um ano buscando este resultado,” finaliza. Apesar da demora e das dificuldades, a equipe reforça o lema de trabalho: “O difícil faz agora. O impossível demora um pouco”. E assim foi até o fusca ano 1985 ficar pronto.
Para Izaldete Abrantes, chefe do Detra, o resultado foi maravilhoso. “A equipe trabalhou muito. Cada um deu a sua contribuição. Resgatar o fusca é a mesma coisa que resgatar a história da Novacap,” afirma.
O diretor Administrativo, André Fortes, relata a importância deste veículo para a Companhia. “O objetivo é preservar a memória da Novacap. Este é o único fusca que nós temos, é patrimônio. Não vai rodar, a não ser que seja nas solenidades oficiais e quem sabe ir para um museu”.