Rodada de conversa envolveu empresas especializadas que abordaram questões acerca do projeto de recuperação estrutural do monumento em busca soluções técnicas e operacionais para desafios identificados
A Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) promoveu uma rodada técnica para discutir soluções para a recuperação estrutural da Ponte Juscelino Kubitschek (Ponte JK). O encontro ocorreu nesta semana e reuniu representantes de empresas especializadas com o objetivo principal consultar o mercado sobre estratégias e técnicas específicas para enfrentar os desafios identificados, especialmente relacionados aos blocos de fundação.
Presencialmente na sala de licitações da Novacap e ao vivo pelo canal de Youtube da instituição, o diretor de Planejamento e Projetos da companhia, Carlos Alberto Spies, conduziu a discussão e enfatizou a importância da colaboração entre setor público e privado para a execução bem-sucedida das obras. “Precisamos avançar na recuperação estrutural, mas também na reformulação do edital para que se torne mais atrativo e equilibrado. A participação das empresas é fundamental para trazer experiências técnicas que enriqueçam o processo”, destacou Spies.
A chefe do Departamento de Planejamento, Arquiteta e Urbanista da Novacap Luana Martins, reforçou que o objetivo da rodada é construir soluções conjuntas. “Não podemos presumir que detemos todo o conhecimento necessário. Por isso, ouvir o mercado é essencial para melhorar nosso escopo técnico e atrair mais participantes para os editais futuros”, afirmou.
Durante a reunião, o engenheiro estrutural Carlos Henrique Linhares Feijão apresentou um panorama detalhado dos desafios técnicos encontrados na ponte, construída em 2002, e destacou questões como as ancoragens, a impermeabilização e os blocos de fundação.
Entre os principais desafios debatidos estavam o acesso aos blocos centrais, exigindo soluções como plataformas flutuantes, e a necessidade de ensaios complementares para confirmar reações químicas potencialmente prejudiciais. Empresas participantes sugeriram que essas análises fossem incluídas no processo licitatório para maior transparência e melhor gestão de riscos.
“Essa proposta já está sendo considerada por nós. A ideia é incluir a realização desses ensaios logo no início do projeto, definindo claramente no edital as responsabilidades e riscos compartilhados entre contratante e contratada”, acrescentou Feijão.
Após essa rodada técnica, o projeto segue para análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) e, posteriormente, ocorre a publicação do edital revisado com base nas sugestões apresentadas durante a consulta. A expectativa da Novacap é ampliar a transparência e eficiência das futuras contratações.
Texto: Marcos Paixão
Imagem: Adriano Teixeira
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