Governo do Distrito Federal
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7/04/14 às 15h01 - Atualizado em 3/11/22 às 15h00

Novacap: há 54 anos florindo e arborizando Brasília

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Companhia mantém viveiro onde são cultivadas mudas para embelezar a capital

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Viveiro I


Quem nunca se encantou com os canteiros floridos de Brasília? As cores que embelezam a capital federal são resultado de um trabalho que começa no Viveiro I, que integra o Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Companhia e está localizado na quadra 06 do Park Way, Área Especial.

Criado há 54 anos, o Viveiro I é referência em produção de espécies de árvores e flores adaptadas ao clima do cerrado. Dos 26 hectares totais, 17 são destinados à produção de ervas (plantas rasteiras), arbustos, palmeiras, plantas de sombra e flores. 

Anualmente, são produzidas de 9 a 15 milhões de mudas de flores, o que representa cerca de 75% da produção anual do Viveiro I. Os 25% restantes estão divididos entre a produção de arbustos, plantas de sombra, palmeiras, flores e ervas. Em uso, atualmente, estão cerca de 300 espécies de arbustos e 90 de herbáceas. 

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Alfred Gomes, biólogo e técnico agrícola.


“Planta é um ser vivo muito peculiar e tem o modo certo de cuidar. Cada uma tem a época certa de ser plantada e a forma certa de ser cuidada”, alerta Alfred Gomes, biólogo e técnico agrícola do Viveiro I.

O objetivo dos 62 servidores e dos prestadores de serviços do Viveiro I é manter a excelência no serviço prestado à Novacap e, principalmente, à população. Por isso, a preocupação do DPJ com a inovação é constante, de forma a combater pragas, como pulgões e a cochonilha, que ataca a planta. Vale ressaltar que o trabalho também tem o reforço de 150 jovens aprendizes. 

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Janaína Lima, técnica agrícola.


Sementes – A técnica agrícola e chefe da seção de Defesa Fitossanitária (Sefito), Janaína Lima, explica que as sementes de árvores e arbustos são coletadas diariamente no Distrito Federal e, durante o ano, são feitas cinco expedições para coleta a uma distância de até 500 km de Brasília, nos meses de janeiro, junho, julho, agosto e outubro, para regiões em Goiás e Minas Gerais.

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Viveiro II


No Viveiro I, as sementes são mapeadas e, assim, é possível saber onde cada uma delas está, seja nas áreas verdes ou nas fazendas cadastradas. “Para que a semeadura seja feita, é indispensável o trabalho manual realizado pelos nossos funcionários que sabem o modo correto de abrir os frutos, sem prejudicar as sementes”, destaca Janaína. Após o beneficiamento, as sementes são encaminhadas para o plantio, no Viveiro II, ou podem ir diretamente para os canteiros, a depender da demanda.

Balão da “Dona Sarah” – O novo balão do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, previsto para ser entregue até o fim deste mês, será uma atração à parte para moradores e turistas da capital. Quem passar pelo local vai se deparar com flores variadas, como tajets (amarelos, alaranjados e vermelhos), sálvias, camomilas e zínias, além de árvores (ipês amarelos, rosa e roxos, flamboyant, jequitibás, landins, fisocalimas, guarirobas) e arbustos.

“O balão do aeroporto é uma área de referência para Brasília e, até mesmo pelo ar, é possível admirá-lo. É a primeira impressão da cidade, por isso é muito importante mantê-lo sempre bonito e florido”, ressalta o chefe do DPJ, Rômulo Ervilha. Para manter a nova paisagem sempre devidamente irrigada, será construído um poço artesiano.

Visitas – Anualmente, chegam a ser realizadas aproximadamente 400 visitas aos Viveiros I e II da Novacap. O público inclui estudantes de todos os níveis, inclusive alunos da Escola de Paisagismo da Universidade de Brasília. Já os treinamentos oferecidos no local chegam a 30 por ano.

“Geralmente os alunos da Escola de Paisagismo da Universidade de Brasília que nos visitam querem conhecer mais sobre plantas e o uso de cada uma. Ao final, os futuros paisagistas ainda podem criar jardins dentro do próprio Viveiro, como forma de aplicar o conhecimento adquirido”, acrescenta o biólogo Alfred Gomes.

A troca de conhecimento também é possível por meio de parcerias com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo do Distrito Federal (Emater). O Viveiro I disponibiliza ainda mudas para comercialização, com preços até 25% mais baratos que os encontrados no mercado.

Sem desperdício – Uma das palavras de ordem no Viveiro é a reutilização. Quase nada é desperdiçado no trabalho de produção, nem mesmo os saquinhos que acomodam as mudas para os canteiros da cidade.

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Edson Vieira da Silva, servidor.


Segundo o servidor José Edson Vieira da Silva, os saquinhos podem ser aproveitados até sete vezes para a colocação das mudas. “Assim ganham a Companhia e a natureza, já que levaria centenas de anos para o plástico se decompor naturalmente”, lembra Edson, deficiente visual e há quatro anos trabalhando no processo de reciclagem. Segundo ele, por dia, são feitas, em média, de 70 a 100 caixas com os sacos.

As sobras dos frutos que não são utilizados durante o processo de beneficiamento da semente são, por sua vez, aproveitadas para a compostagem – processo de transformação de matéria orgânica em um material utilizado como adubo. Além disso, o excedente é doado para escolas e Organização Não Governamentais (ONGs).

A Divisão de Agronomia (Diagro), que coordena os Viveiros I e II, é chefiada pelo engenheiro agrônomo Raimundo Moreira Lima Filho, e é composta pelas seções de Produção de Flores (Seflor), de Técnica de Agronomia (Setag), de Defesa Fitossanitária (Sefito) e de Produção de Árvores (Searv). Juntas, as seções trabalham para manter o bom funcionamento dos Viveiros e, claro, para encantar e surpreender com a beleza das suas flores e árvores.

Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil - Governo do Distrito Federal

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