A pedido da Defesa Civil, leito do córrego Riacho Fundo foi estabilizado com urgência

Jaqueline Nunes, da ASCOM

Após sofrer com invasões, construções ilegais e desmatamento, o leito do córrego Riacho Fundo, localizado nas chácaras 44 e 46 da Área Especial do Núcleo Bandeirante, recebeu serviços de contenção das margens e restabelecimento do curso das suas águas. Equipes da Novacap estiveram no local nos últimos dez dias, após vistoria da Defesa Civil apontar risco vermelho de acidentes.

Tarcísio Gomes, morador da chácara 44 e produtor, estava preocupado com a situação e os problemas que aconteciam antes do GDF ir ao local resolver a situação. “Nós acordávamos no meio da noite com um metro de lama em casa. O governador ter feito essa obra acontecer acabou com nosso medo. Foram 10 anos de enchente. E, o melhor, a Novacap não estragou o córrego, só recolocou tudo no lugar”, comentou, Tarcísio.

De acordo com os técnicos da Novacap, devido às diversas intervenções humanas, o córrego, que faz parte de uma Área de Preservação Permanente (APP), sofreu assoreamento, que é o acúmulo de areia, lixo e entulho em suas margens. “Este processo reduz a capacidade dos córregos de acumular água provocando, principalmente, enchentes”, explicou o diretor de Urbanização da Novacap, Sérgio Lemos.

Ao todo, foram aplicados 880m³ de terra vegetal e 550m³ de pedra matacão. Estes materiais servem como uma proteção e, ao mesmo tempo, restabelecem o curso do córrego, fazendo com que ele recupere sua profundidade.

“Tínhamos feito um muro enorme de contenção da lama que avançava sobre as casas. Foram muito anos de descaso até que este governo tomou uma atitude firme para proteger a natureza e, nós, que moramos aqui”, afirmou, Telma Francisca, nascida no local há 43 anos. Ela via com tristeza a degradação do córrego e a destruição da natureza na região, além de se preocupar com a integridade física das crianças e idosos.

Na ação, foi utilizada a menor quantidade de equipamentos possível, caminhões basculantes, que levam o material e, escavadeiras. “Por se tratar de uma área de preservação, tivemos que realizar o serviço com menor impacto ambiental possível. Além disso, junto com órgãos ambientais, iremos restabelecer toda vegetação na área”, informou o diretor-presidente da Novacap, Fernando Leite.