Com R$ 38 milhões investidos e previsão de gerar 200 empregos, estrutura também atenderá Gama, Riacho Fundo II e Santa Maria
O pedido de construção do viaduto do Recanto das Emas atravessa mais de uma década, segundo moradores da cidade, mas agora a demanda antiga está cada vez mais perto de sair do papel. Com investimento de R$ 38 milhões e expectativa de gerar 200 empregos, entre diretos e indiretos, a nova via vai melhorar o fluxo de 60 mil carros que trafegam pela região diariamente. Uma vez publicado o edital de licitação, a previsão é que a estrutura de 1 km, com três faixas – a ser construída na Estrada Parque Contorno (EPCT) – comece a ser erguida ainda este ano.
|60 mil – Número médio de veículos que circulam diariamente pela região|
Responsável pela obra, o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), Fauzi Nacfur, ressalta que não só os moradores do Recanto das Emas serão beneficiados, mas também a população de Santa Maria, Gama e Riacho Fundo II. “Será mais uma alternativa de via para os motoristas dessas cidades”, reforça.
O administrador do Recanto das Emas, Carlos Soares, lembra que a estrutura é reivindicação antiga. “É a obra mais esperada pela população local, que o governo está se empenhando para executar”, valoriza. “O engarrafamento não acontece só no horário de pico, mas a qualquer hora do dia. Isso acaba prejudicando o dia a dia das pessoas, que passam a maior parte do tempo paradas no trânsito”.
Expectativa dos moradores
|“Esse viaduto é uma vitória para nós. Vai melhorar a vida de todos os moradores e até de pessoas de outras regiões” – João Balduíno, caminhoneiro|
Mesmo saindo de casa com antecedência, para acessar qualquer outro lugar, João Balduíno, 71 anos, enfrenta engarrafamentos. “São 40 minutos esperando para sair da entrada do Recanto das Emas – até de madrugada tem congestionamento”, reclama. “Esse viaduto é uma vitória para nós. Vai melhorar a vida de todos os moradores e até de pessoas de outras regiões”.
Se de madrugada há retenção de veículos, nos horários de pico a situação no trânsito é muito pior. A dona de casa Maria Aparecida da Silva, 56 anos, também aponta a dificuldade de viaturas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar atenderem ocorrências. “Como esses veículos vão passar, se há uma fila de carros parada?”, questiona. “As pessoas podem acabar morrendo se forem esperar o engarrafamento passar. São vários os pontos positivos dessa obra, que esperamos há muitos anos”.
Recapeamento
O trecho de 2 km com duas faixas entre a BR-60, a partir do viaduto de Samambaia, até o balão da entrada do Recanto das Emas, foi recapeado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Ao custo de R$ 3,9 milhões – provenientes de emenda parlamentar e do Poder Executivo local –, esse trabalho foi realizado no ano passado.
“O trânsito também é intenso nessa região. A pista estava bastante desgastada, com muitos buracos”, relembra o diretor de urbanização da Novacap, Sérgio Lemos. “Estamos trabalhando para recuperar não só os trechos antigos do DF, mas toda a estrutura, cuidando de outros elementos, como meios-fios e bocas de lobo.”
NOVACAP
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